Por que não devemos julgar ?

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Vemos todo dia acontecimentos de toda sorte de origens e de causas e nos pegamos com esta indagação martelando na nossa mente. Afinal por que não devemos julgar nem ao menos os atos mais obscuros que nos deparamos ? seria certo o espírita se abster de qualquer opinião ?

Para analisarmos com mais calma cada pergunta dessas devemos primeiro lembrar que os espíritos nos indicam sempre a calma e a atitude pacifista. Isso nos “obriga” a ter uma atitude muitas vezes vista pelo mundo como covarde ou sem conteúdo. Mais importante que ter a razão é estar em paz, portanto é indispensável para nós espíritas a calma ao analisar as situações e nunca ter a arrogância de pensamento de acharmo-nos superiores a qualquer indivíduo. Somos todos imperfeitos a caminho da evolução moral numa grande família espiritual e para isso é necessário a boa convivência e o amor entre todos os membros desta família.

Vejamos pois um exemplo: você vê uma pessoa roubar algo e logo sua mente julga esta pessoa como culpada incondicionalmente. Isso é normal e algo que vem da nossa natureza humana e imperfeita mas como o espiritismo nos traz a luz do raciocínio e do pensamento sabemos que por trás de qualquer atitude existem infinitos fatores e variáveis que podem agravar ou atenuar uma atitude ruim. Visto isso é mais importante ainda a nossa calma e nosso discernimento para agir perante tais situações. Mais importante que punir ou indicar culpados, de julgar aparências ou ensações é primordial amar e compreender. Justiça é também auxiliar, confortar e disponibilizar meios de nossos irmãos melhorarem. 

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Como modificar meu compromisso para ser uma pessoa que julga menos ?

Ao nos depararmos com situações em que nos pegamos julgando alguém pensemos que pela lei de evolução também nós já estivemos naquela situação cometendo aquele erro e se nós atualmente não o cometemos também aquele irmão um dia não cometerá e seria extremamente positivo que ele tivesse ao invés de mais um dedo julgador uma mão amiga estendida para que ele enxergasse seus erros e mudasse sua postura. Devemos como espíritas ser mais vezes esta mão amiga que auxilia o irmão em evolução para que possamos nós mesmos crescer diante de nosso orgulho e nossa soberba. 

“Não julgueis para não serem julgados” com esta frase Jesus nos alerta que sendo nós quem somos – pessoas imperfeitas e que cometem inúmeros erros- não temos moral para julgar outrem sem termos os nossos erros expostos como mau exemplo também. O homem de bem não julga, auxilia, não precisa diminuir outra pessoa para se sentir superior, eleva-se moralmente por abrir mão de seu orgulho e vaidade ao ajudar um irmão que encontra-se num momento evolutivo inferior em algum aspecto da vida encarnada. Assim como nós podemos auxiliar estes irmãos poderemos ser auxiliados por eles ou outros que tenham alguma virtude mais lapidada do que nós e nesta sociedade fraterna e compreensiva atingiremos a evolução espiritual por todos nós almejada, muita paz!

4 comentários sobre “Por que não devemos julgar ?

  1. Meu sobrinho de apenas oito anos passou a ter um comportamento que assustou toda família. Tirava pequenas quantias de dinheiro das bolsas que via, ora da avó, ora da tia, outras vezes da mãe. Reunidos, nós adultos, logo julgamos e demos a sentença: ele tem uma índole ao roubo. Espíritas que somos, levamos a uma amiga, também espírita, psicóloga, para uma sessão com todos os membros mais próximos que se relacionava com ele, inclusive a empregada doméstica, já de muitos anos. Nessa sessão constatou-se que cada membro vivia encastelado em si mesmo, tratando de seus próprios interesses, pouco interagindo com o pequeno Robson. A única que se salvou foi Maria, a empregada, que ainda encontrava tempo após os afazeres para brincar e dar atenção a ele. Estava assim esclarecido o motivo pelo qual ele passou a agir de maneira a chamar a atenção dos familiares. Não devemos mesmo julgar.

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    • Certo, Antonio, não devemos julgar. No entanto, em se tratando de uma criança, imprescindível que responsáveis a corrijam com firmeza sem deixar passar batido, não importando os motivos que a levaram a isso. Embora não sejamos juízes uns dos outros, a condição de irmãos nos habilita a corrigi-los, mesmo porque, condutas como a dessa criança, persistindo na idade adulta, prejudicarão outras pessoas e a ela mesma, ás vezes de forma irreversível, comprometendo seu futuro espiritual também.

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  2. Muitas vezes eu parado no sinal de transito , chegava um homem pedindo dinheiro para comprar um pão , mais o mesmo exalava álcool, eu chamava de cachaceiro , vai trabalhar etc, julgava sem conhecimento da historia de vida da pessoal , o que o fez chegar naquela situação. julgar e fácil.

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