A Justiça Divina

justiça

A lei de justiça divina é sempre muito comentada nas fileiras religiosas cristãs. Existem muitas visões diferenciadas porém todas elas se pautam num denominador em comum : a misericórdia e o amor infinito de Deus. Neste artigo iremos debater acerca da lei de justiça divina, de amor e de caridade, trazida pelos espíritos entre as questões 873 e 892 de O livro dos espíritos.

Antes de iniciarmos nosso estudo devemos entender o significado da palavra justiça.

Justiça
substantivo feminino
1. qualidade do que está em conformidade com o que é direito; maneira de perceber, avaliar o que é direito, justo.
2. o reconhecimento do mérito de alguém ou de algo.

Grifamos duas palavras chave sobre justiça: Justo e Mérito. Através desse debate, entenderemos que a justiça divina se baseia nessas duas definições e se liga a uma terceira que é a misericórdia divina. Sabendo ser a justiça uma lei natural como nos mostra a pergunta 873:

873. O sentimento da justiça está em a natureza, ou é resultado de idéias
adquiridas?

“Está de tal modo em a natureza, que vos revoltais à simples ideia de uma injustiça. É fora de dúvida que o progresso moral desenvolve esse sentimento, mas não o dá. Deus o pôs no coração do homem. Daí vem que, freqüentemente, em homens simples e incultos se vos deparam noções mais exatas da justiça do que nos que possuem grande cabedal de saber.”

Ainda temos um resumo simples, direto e perfeito dado pelos espíritos acerca do que entendem eles por justiça:

875. Como se pode definir a justiça?

“A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais.”

a) — Que é o que determina esses direitos?
“Duas coisas: a lei humana e a lei natural. Tendo os homens formulado leis apropriadas a seus costumes e caracteres, elas estabeleceram direitos mutáveis com o progresso das luzes. Vede se hoje as vossas leis, aliás imperfeitas, consagram os
mesmos direitos que as da Idade Média. Entretanto, esses direitos antiquados, que agora se vos afiguram monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época. Nem sempre, pois, é acorde com a justiça o direito que os homens prescrevem. Demais, este direito regula apenas algumas relações sociais, quando é certo que, na vida particular, há uma imensidade de atos unicamente da alçada do tribunal da consciência.”

A Lei divina de justiça se baseia num tipo de meritocracia complexa, onde o espírito possui ampla liberdade de expressão e de atitude – o livre-arbítrio – e com isso goza da possibilidade de agir com total liberdade apenas atentando para as consequências diretas de suas atitudes perante as leis de Deus. Sendo assim a justiça de Deus é a unica infalível e perfeita, pois se baseia na realidade de todos os fatos.

Com isso o conceito de justo se abre: somente se pode colher aquilo que se plantou. Uma sabedoria popular baseada em escrituras bíblicas que possui extrema conveniência com a ideia espírita de justiça. O justo para Deus é recebermos conforme nossas obras, ou seja, de acordo com o que fizermos receberemos uma reação direta do universo ( lei de ação e reação).

Juntamente ao conceito de justo podemos estabelecer uma ligação direta de conformidade ao conceito de mérito. Afinal se cada um apenas receberá o que for de igual proporção ao que realizou, nesta assertiva temos que a lei divina é ligada à ideia de meritocracia. Não dizemos aqui a meritocracia torta e mal empregada como a da filosofia humana, mas sim a meritocracia perfeita do pai, baseada em complexas variáveis que podem aumentar ou diminuir méritos e deméritos dos atos. Um roubo pode ser menos “errado” quando se é para não morrer de fome do que quando é feito de forma fútil para abastecer as paixões humanas, por exemplo. Isso de forma alguma exclui a responsabilidade do indivíduo pelo seu erro, apenas torna ela menos nociva do que a responsabilidade daquele que praticou por motivos mais obscuros, egoístas e perversos.

Carregamos conosco a lei de Deus dentro de nossa alma e por isso temos uma “voz da consciência” nos alertando para o que é certo ou errado. Essa ideia inata que temos é base para que possamos trabalhar em conformidade com as leis universais e nos ajudar a não falir diante das vicissitudes experimentadas. Termos a noção do certo e errado é o que nos possibilita um freio à atitudes intempestivas e não raciocinadas de maneira cristã.

A justiça baseia-se, de forma cristã, na igualdade, fraternidade e na liberdade. A igualdade neste caso seria a equidade entre os desiguais. Afinal alguém que comete o mal não tem as mesmas conquistas daquele que pratica o bem, porém possui os mesmos direitos. Por direitos entendemos : a possibilidade de através de si e seus esforços na renovação moral, almejar a evolução, cuja marcha é incansável e incessante. A liberdade é o que nos da o direito de , por meios próprios, ações liberais, buscarmos o nosso caminho em direção do progresso. A fraternidade nos impulsiona à lei de caridade que é importante ferramenta de evolução moral e espiritual.

Em todos esses aspectos o nosso guia seguro é Jesus. Seus ensinamentos vem em direta ordem de Deus, infinita misericórdia e amor a nós seus filhos. Através da Consciência é que Deus nos manda, pelos seus emissários, o verdadeiro guia moral para que seus filhos não fiquem desamparados diante das situações adversas.

Lembremos de que Deus é infinita misericórdia e nos ajuda sempre, basta estarmos conectados com Ele através dos nossos bons pensamentos e nossas boas atitudes. Indicamos a todos a leitura destas perguntas citadas no texto e também a leitura da matéria sobre o porquê de Deus permitir o mal. podem ser fontes úteis de estudo para todos.

A justiça divina nunca nos abandona e é através do entendimento de que a justiça de Deus que é perfeita poderemos compreender e perdoar as falhas humanas que ainda varrem toda a Terra. Um dia, cada uma das criaturas da criação divina será banhada pelas leis de Deus e a elas prestará toda sua devoção. Somente pelo amor seremos capazes de elevar-nos de nossa ignorância e aprendermos com Jesus, o guia e modelo de todo cristão, como agir e como amar.

886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos. A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.

Sejamos Justiça , amor e caridade, pois somente com a tríplice coroa de cristo é que estaremos exercendo o nosso dever cristão; o de levar o evangelho de Jesus, através do exemplo, a todos os nossos irmãos. Afinal a fraternidade é acima de tudo, uma parte importante da justiça divina. Muita paz a todos!

4 comentários sobre “A Justiça Divina

  1. boa noite sou silvana eu acho muito certo tudo isso temos que pensar antes de agirmos se voce pença só em voce está errada temos que pensar em nossos irmãos isso se chama egoismo por parte sua deus jamais quer que uma familia se destrua por causa de bens materias todos nós mães e irmãos temos que pensar um pouco mais vamos fazer o que é certo dividir o bem que mais tarde a justiça divina cobra vamos ser fiel as pessoas vamos construir a paz em nossa familia prá que não fazer o certo assim deus proteja todos nos mais uma vez se voce cre em deus e segue sua religião faça o bem e não se arrependera pence nisso é pro nosso bem que deus proteje sua familia

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  2. […] “A lei de justiça divina é sempre muito comentada nas fileiras religiosas cristãs. Existem muitas visões diferenciadas porém todas elas se pautam num denominador em comum : a misericórdia e o amor infinito de Deus. Neste artigo iremos debater acerca da lei de justiça divina, de amor e de caridade, trazida pelos espíritos entre as questões 873 e 892 de O livro dos espíritos. Antes de iniciarmos nosso estudo devemos entender o significado da palavra justiça. Justiça – substantivo feminino: 1. qualidade do que está em conformidade com o que é direito; maneira de perceber, avaliar o que é direito, justo. 2. o reconhecimento do mérito de alguém ou de algo. Grifamos duas palavras chave sobre justiça: Justo e Mérito. Através desse debate, entenderemos que a justiça divina se baseia nessas duas definições e se liga a uma terceira que é a misericórdia divina. Sabendo ser a justiça uma lei natural como nos mostra a pergunta 873: 873. O sentimento da justiça está em a natureza, ou é resultado de ideias adquiridas? “Está de tal modo em a natureza, que vos revoltais à simples ideia de uma injustiça. É fora de dúvida que o progresso moral desenvolve esse sentimento, mas não o dá. Deus o pôs no coração do homem. Daí vem que, frequentemente, em homens simples e incultos se vos deparam noções mais exatas da justiça do que nos que possuem grande cabedal de saber.” Ainda temos um resumo simples, direto e perfeito dado pelos espíritos acerca do que entendem eles por justiça: 875. Como se pode definir a justiça? “A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais.” a) — Que é o que determina esses direitos? “Duas coisas: a lei humana e a lei natural. Tendo os homens formulado leis apropriadas a seus costumes e caracteres, elas estabeleceram direitos mutáveis com o progresso das luzes. Vede se hoje as vossas leis, aliás imperfeitas, consagram osmesmos direitos que as da Idade Média. Entretanto, esses direitos antiquados, que agora se vos afiguram monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época. Nem sempre, pois, é acorde com a justiça o direito que os homens prescrevem. Demais, este direito regula apenas algumas relações sociais, quando é certo que, na vida particular, há uma imensidade de atos unicamente da alçada do tribunal da consciência.” A Lei divina de justiça se baseia num tipo de meritocracia complexa, onde o espírito possui ampla liberdade de expressão e de atitude – o livre-arbítrio – e com isso goza da possibilidade de agir com total liberdade apenas atentando para as consequências diretas de suas atitudes perante as leis de Deus. Sendo assim a justiça de Deus é a única infalível e perfeita, pois se baseia na realidade de todos os fatos. Com isso o conceito de justo se abre: somente se pode colher aquilo que se plantou. Uma sabedoria popular baseada em escrituras bíblicas que possui extrema conveniência com a ideia espírita de justiça. O justo para Deus é recebermos conforme nossas obras, ou seja, de acordo com o que fizermos receberemos uma reação direta do universo ( lei de ação e reação). Juntamente ao conceito de justo podemos estabelecer uma ligação direta de conformidade ao conceito de mérito. Afinal se cada um apenas receberá o que for de igual proporção ao que realizou, nesta assertiva temos que a lei divina é ligada à ideia de meritocracia. Não dizemos aqui a meritocracia torta e mal empregada como a da filosofia humana, mas sim a meritocracia perfeita do pai, baseada em complexas variáveis que podem aumentar ou diminuir méritos e deméritos dos atos. Um roubo pode ser menos “errado” quando se é para não morrer de fome do que quando é feito de forma fútil para abastecer as paixões humanas, por exemplo. Isso de forma alguma exclui a responsabilidade do indivíduo pelo seu erro, apenas torna ela menos nociva do que a responsabilidade daquele que praticou por motivos mais obscuros, egoístas e perversos. Carregamos conosco a lei de Deus dentro de nossa alma e por isso temos uma “voz da consciência” nos alertando para o que é certo ou errado. Essa ideia inata que temos é base para que possamos trabalhar em conformidade com as leis universais e nos ajudar a não falir diante das vicissitudes experimentadas. Termos a noção do certo e errado é o que nos possibilita um freio à atitudes intempestivas e não raciocinadas de maneira cristã. A justiça baseia-se, de forma cristã, na igualdade, fraternidade e na liberdade. A igualdade neste caso seria a equidade entre os desiguais. Afinal alguém que comete o mal não tem as mesmas conquistas daquele que pratica o bem, porém possui os mesmos direitos. Por direitos entendemos : a possibilidade de através de si e seus esforços na renovação moral, almejar a evolução, cuja marcha é incansável e incessante. A liberdade é o que nos da o direito de , por meios próprios, ações liberais, buscarmos o nosso caminho em direção do progresso. A fraternidade nos impulsiona à lei de caridade que é importante ferramenta de evolução moral e espiritual. Em todos esses aspectos o nosso guia seguro é Jesus. Seus ensinamentos vem em direta ordem de Deus, infinita misericórdia e amor a nós seus filhos. Através da Consciência é que Deus nos manda, pelos seus emissários, o verdadeiro guia moral para que seus filhos não fiquem desamparados diante das situações adversas. Lembremos de que Deus é infinita misericórdia e nos ajuda sempre, basta estarmos conectados com Ele através dos nossos bons pensamentos e nossas boas atitudes. Indicamos a todos a leitura destas perguntas citadas no texto e também a leitura da matéria sobre o porquê de Deus permitir o mal. podem ser fontes úteis de estudo para todos. A justiça divina nunca nos abandona e é através do entendimento de que a justiça de Deus que é perfeita poderemos compreender e perdoar as falhas humanas que ainda varrem toda a Terra. Um dia, cada uma das criaturas da criação divina será banhada pelas leis de Deus e a elas prestará toda sua devoção. Somente pelo amor seremos capazes de elevar-nos de nossa ignorância e aprendermos com Jesus, o guia e modelo de todo cristão, como agir e como amar. 886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.” O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos. A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa. Sejamos Justiça, amor e caridade, pois somente com a tríplice coroa de cristo é que estaremos exercendo o nosso dever cristão; o de levar o evangelho de Jesus, através do exemplo, a todos os nossos irmãos. Afinal a fraternidade é acima de tudo, uma parte importante da justiça divina. Muita paz a todos!” (https://espiritismodaalma.wordpress.com/2018/10/27/a-justica-divina/) […]

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