A ciência e o Espiritismo

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É comum ao ser humano criar uma barreira invisível entre a ciência e a religião. Normalmente somos levados a crer que as duas são visões antagônicas do mundo, porém, com o advento do espiritismo, a ciência e a religião se aproximaram e vem se aproximando cada dia mais. É comum vermos algumas revelações espíritas de livros psicografados serem confirmadas anos depois pela ciência e, em alguns casos, os estudos científicos até mesmo chegarem próximos a uma conclusão semelhante às trazidas pela codificação espírita.

Sabemos que o espiritismo se baseia na crença da evolução infinita das criaturas desde a sua criação. Para tal objetivo, Deus deu ao homem a inteligência e o livre-arbítrio para que pudesse, através de seus esforços e sua vontade, aprender, associar, entender e criar ferramentas que possibilitem sua evolução moral através dos tempos.

Dessa forma, a sabedoria divina nos trouxe a ciência através da nossa capacidade analítica de observar as leis da natureza já criadas perfeitas pro Deus, de forma que pudéssemos teoriza-las e utilizar esse conhecimento em proveito da nossa evolução.


ALIANÇA DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO

8. A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se.
Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.
São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos fatos.
A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. É toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as conseqüências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.


Através do conhecimento estabelecido pela ciência, como vemos no item 8 acima citado de “O evangelho segundo o espiritismo”, o homem toma conhecimento de si e das leis divinas. A ciência não se opõe a religião e sim se une.

Com o passar do tempo as descobertas cientificas se tornam cada vez mais próximas às revelações espíritas e às leis de Deus, isso porque o homem começa a criar maturidade espiritual e conforme evolui a inteligência chega perto da verdade que é a lei de amor e caridade de Deus. Estabelecendo-se, então, o fim gradual do materialismo.

O movimento geral do progresso é dinâmico e nunca para. Por isso, as velhas ideias e tendências materialistas, ou as crenças antigas de caráter inválido diante da ciência moderna tornam-se obsoletas e caem no esquecimento dos séculos. Novos teoremas, novas teorias, novas doutrinas surgem e se moldam através do conhecimento da verdade e com isso o materialismo tanto quanto o paganismo antigo e as crenças absurdas se perdem na linha do tempo.

A ciência e o espiritismo andam juntos no caminho do progresso. Um servindo de apoio ao outro de forma que, num futuro, as religiões e a ciência se unam numa crença única nas leis naturais, promulgadas por Deus. Nesse tempo, viveremos dias de grande luminosidade das descobertas humanas e cumpriremos a lei de Deus não por medo mas por entende-las na sua acepção mais clara e ampla.

O caminho até tal equilíbrio é longo e cheio de obstáculos, porém é um caminho que vale a pena ser construindo. O futuro é o horizonte ao qual apontamos nosso rumo na atualidade e os espíritos amigos estarão sempre nos ajudando a traçar o caminho mais acertado para o progresso.

Com isso, devemos manter nossa fé, nossos estudos. A ciência humana e a ciência espiritual são uma só, um único rio que se encontra depois de ter se separado em tantos afluentes, mas cujo destino final é o mesmo; o oceano de conhecimento e verdade, o universo e suas leis, a infinita sabedoria na criação de Deus. Naveguemos por estes rios, unamos a margem de um a outro, busquemos o equilíbrio, pois como dizem os espíritos “As leis são imutáveis” e elas estão na natureza e dentro de nós, basta que para isso façamos nossa parte na criação, buscando a evolução equilibrada da inteligência e da moral, Muita paz a todos!

3 comentários sobre “A ciência e o Espiritismo

  1. A questão é se no futuro, a Humanidade mais evoluída do Mundo de Regeneração, precisará mesmo de uma Religião para aprender a ser Bom ou se desnecessárias se tornarão as seitas, as doutrinas, os catecismos, os pentateucos, as bíblias e todos os livros sagrados que até hoje foram, não poucas vezes, motivos de discórdias, separatividade e questiúnculas entre seus devotos que, longe de priorizarem a paz na Terra, derramaram e ainda derramam o sangue sagrado de irmãos sobre ela, em nome de Deus e em nome Dele se tem matado, quando se deveria salvar, se tem odiado quando se deveria amar e melhor fora não se proferisse o Seu Sagrado Nome antes das batalhas, dos duelos e das contendas porque guerras não são de Deus, nem ódios e nem vinganças. A questão é se no futuro, ainda disputaremos por um pedaço da Divindade nas igrejas sob a luz difusa dos vitrais e se sobre os altares das diversas seitas, existirá uma fração do seu manto despedaçado pelos que acham que estão com a verdade, porque todos acham mas ninguém a tem por inteiro. Talvez os ateus saibam mais de Deus porque não brigam nem matam por Ele, apenas vivem, respiram e deixam viver. Talvez o futuro nos reserve uma Ciência sem religião porém uma Ciência justa, misericordiosa, compassiva e humilde que apenas priorize o Bem de todos, humanos e animais e não diferencie uns dos outros, matando cobaias para salvar pessoas porque nenhum ser vivo merece morrer para salvar humanos, a não ser que seja voluntário para morrer e cobaias não são. Quem sabe, o terráqueo no futuro Mundo de Regeneração não precise mais de muletas, de cartilhas ou de catecismos porque atingiu a maioridade espiritual e por conta disso, pode dispensas as “papinhas” e os mingaus de quando era um bebê espiritual, frágil e pequenino. Quem sabe este ser humano esclarecido e bom já saberá de cor todas as letras e todas as pedras do caminho que lhe permitam alcançar o Deus verdadeiro, liberto dos altares de pedra, dos incensos, relicários e compêndios que o manietavam sob o véu da letra, porque O descobriu livre das cruzes, dos calvários e das guerras, na paz do seu próprio coração, onde Ele sempre esteve.

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