As Funções do Perispírito

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Reveste o espírito quando desencarnado, serve de intermediário entre o espírito e o corpo durante a encarnação. Do corpo para o espírito, transmite sensações;do Espírito para o corpo, transmite impressões. Sabe-se hoje, que o perispírito é um ‘revestimento’ por natureza denso. É nele que o espírito já desencarnado tem assim pressões de sede, calor, frio, dor, fenômenos estes que não devem ser confundidos com os de ordem moral, tais como o remorso, arrependimento e outros, vividos na intimidade da própria consciência, cujo envoltório etéreo não encontra analogia neste mundo. A dor que ele sente não é propriamente física, mas um vago sentimento íntimo que o próprio espírito não entende, porque a dor não está localizada e não é produzida por agentes externos. Seria mais uma recordação que realidade, não deixando de ser menos penosa.

O corpo fluídico que o homem possui é o transmissor de nossas impressões, sensações e lembranças anteriores a vida atual, inacessível a destruição pela morte, é admirável instrumento que para si a alma constrói e que aperfeiçoa através dos tempos; é o resultado de longo passado. Nele se conservam os instintos, acumulam-se as forças, fixam-se as aquisições de nossas múltiplas existências e os frutos de nossa lenta e penosa evolução. Daí resulta que, pela constante orientação de nossas idéias e aspirações, de nossos apetites e procedimentos em um sentido ou noutro, pouco a pouco fabricamos um ENVOLTÓRIO SUTIL, reclamando as belas e nobres imagens, acessível as mais delicadas sensações, ou um sombrio domicílio, uma lúgubre prisão em que, depois da morte, a alma se encontra sepultada como num túmulo.

Assim cria o homem para si mesmo o bem ou o mau,a alegria ou o sofrimento. Possui todo Espírito os inestimáveis recursos para a felicidade como para a desdita, competindo-lhe moralizar-se, elevar-se. Dia a dia, lentamente, constrói seu destino. Em si mesmo está gravada a sua obra.

*Quando dizemos que os espíritos são inacessíveis às impressões da matéria que conhecemos, referimo-nos aos Espíritos mais elevados.*

O perispírito define a individualidade, identifica a posição evolutiva do princípio espiritual ( já que o espírito não tem forma), exerce função reparadora, molda o corpo ( no processo reencarnatória); é responsável por todos os fenômenos vitas do soma; veicula a mediunidade.

Uma das mais extraordinárias funções do perispírito é a do elemento reparador, diante de acidentes corporais a que todos estamos sujeitos, quer nas enfermidades sem origem cármica, que podemos desenvolver em nosso corpo por meio de abusos e imprevidência, quer em desastres de pequena ou grande proporção que possam nos atingir. (Obs. : Carma – em sânscrito ( hindu ) significa ação, mas a rigor designa causa e efeito, tendo em vista que todo movimento ou ação procedem de uma causa ou de impulsos anteriores. Essa palavra deverá expressar sempre a conta de cada um de nós, englobando débitos e créditos que, em particular, nos digam respeito, que sejam de nossa responsabilidade ).

Sempre que o corpo carnal é ferido, em razão da lesão, não atingir também o perispírito, este como ORGANIZADOR BIOLÓGICO, força a correção da parte ferida através de INFLUENCIAÇÕES PODEROSAS, não só conseguindo restaurar os casos de extrema complicação, como os de amputação, por exemplo. Fato conhecido é que, mesmo nestes casos, as pessoas continuam a sentir dores nos locais dos membros amputados, comprovando a permanência intacta da contraparte etérica, o perispírito.

 

BIBLIOGRAFIA
A Gênese – Allan Kardec.
O Céu e o Inferno – Allan Kardec.
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Obras Póstumas – Allan Kardec.
Ação e Reação – André Luiz.
Entre o Céu e a Terra – André Luiz.
Evolução em Dois Mundos – André Luiz.
Missionários da Luz – André Luiz.
Nos Domínios da Mediunidade – André Luiz.
O Pensamento de Emmanuel – Martins Peralva.
Perispírito – João Sérgio Cell.
A Alma é imortal – Gabriel Dellane.
Evolução Anímica – Gabriel Dellane.
Reencarnação – Roque Jacintho.
Os Bastidores da Obsessão – Manoel Philomeno de Miranda.

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